18/06/2008

AS SAUDADES E AS CULPAS.

E porque há dias melhores que outros este está a ser com toda a certeza um dia difícil.
Tenho saudades de ti, saudades de nós.
Ainda ontem te comecei a deixar no infantário e já estou assim....
Ontem depois de adormeceres e ver o pouco tempo que estou contigo, caí em mim e as lágrimas que andaram contidas durante todo o dia saltaram-me dos olhos sem que eu nada fizesse para as parar.
O pai confidenciava-me ontem que tem saudades de nós em casa, que têm saudades de ti e tentava parar o meu choro, e eu olhava para ti a dormires tão sereno no teu berço depois de um dia de intensa agitação para ti e chorava, chorava por saudades de te ter mais tempo acordado, por saudades das tuas brincadeiras dos teu sons do teu cheiro e por culpa....
Culpa de lá te deixar, culpa por estar a perder os melhores momentos de ti.
Estás a crescer e eu não estou a ver, são outros em vez de mim te vêem a evolução que te aparam as lágrimas que te dão o colinho que eu tanto te queria dar e é por isso que choro, e penso se valerá a pena tudo isto.....espero que um dia compreendas que a vida a isso nos obriga e que o meu amor por ti sempre foi e será imenso.
Foste um bebé tão desejado tão esperado, és o meu pequeno milagre e eu não me conformo por estar a perder tanto de ti.
Hoje já pedi a toda agente aqui no trabalho para não me falar de ti mas os clientes após tantos meses de ausência como é normal só me fazem perguntas a teu respeito ( é normal) e eu respondo e tento sofucar as lágrimas que teimam em cair e a saudade que me aperta o peito que me dá um nó na garganta e me mata por dentro, e conto o tempo que falta para finalmente te reencontrar e ter-te nos meus braços só para mim.

DE VOLTA AO TRABALHO.

Foi ontem que aconteceu o regresso ao trabalho e por incrivel que pareça correu melhor do que eu pensava.
Vi que afinal isto é como andar de bicicleta e que depois de aprendermos dificelmente se esquece.
Deixei o Rodrigo pela 1ª vez no infantário todo o dia, desde que ele nasceu foi a 1ª vez que tivemos tanto tempo afastados, quando chegou a hora de ir busca-lo só me apetecia yer um avião para chegar lá em três tempos... que saudades.
Brindou-me com um sorriso enorme quando em viu e só queria colinho, acho que estava com saudades da maminha porque mamou imenso e por bastante tempo.
Pelo que me disserão passou bem o dia, comeu a sopa toda, bebeu o leitinho no biberõn e fartou-se palrar e sorrir para toda a gente.
A auxiliara-se disse-me ontem que ele adora que os meninos mais velhinhos estejam junto da espriguiçadeira dele, diz que se farta de sorrir para eles e que eles não o largam por isso mesmo.

14/06/2008

PELA 1ª VEZ

Dormis-te 8 horas seguidas.
Eu nem queria acreditar quando olhei ao relógio e vi que marcava 6.30h da manhã, e o mais incrivel mamas-te e voltas-te a dormir até ás 8.20h.

Pela 1ª vez em 5 meses, dormi mais do que 4 horas seguidas, e que bem que me soube, agora vamos é lá ver se é para continua.

13/06/2008

A SAGA CONTINUA....

A adaptação ao infantário continua e hoje foi simplesmente horrível.
Ficou lá pelas 10H da manhã e voltei para casa, mal entrei em casa o silêncio que se fazia sentir deixou-me o coração apertado e deu-me um nó na gargante, e ao olhar para as suas coisinhas vazias dele,fez-me cair no pranto, eu bem que tentava mas não conseguia parar de chorar.
Por voltas das 11H liguei para saber como estava, nem foi preciso ninguem me dizer nada, porque assim que passaram o telefone a uma das auxiliares eu ouvi logo o seu choro e o soluçar.
Segundo ela, ele tinha soninho mas como não está habituado ao barulho e os meninos estavam todos no recreio ele não conseguia dormir, eu bem que perguntei se não seria melhor ir busca-lo mas ela dizia-me que não, que aquilo passava que fazia parte da adaptação, que ele ia almoçar e que se por acaso não se acalma-se me ligava.

Bem , desliguei o telefone e caí novamente no choro, senti-me a pior das criaturas por estar a fazer o meu filho passar por isto tudo.
O meu coração dizia-me para correr arrancá-lo de lá mas a cabeça, a razão diziam-me para não o fazer para não tornar mais dificil esta tarefa já de si tão penosa.
Como ninguém me disse nada eu liguei ao meio-dia e dissera-me que ele tinha almoçado mas que tinha comido menos que ontem e que agora estava caladinho, mais uma vez voltei a perguntar se não seria melhor ir lá buscá-lo e mais uma vez me disseram que era preferível ele dormir lá para se habituar uma vez que para a semana terá de lá ficar uma vez que não há outra opção.
Fui buscá-lo as 15H, quando entrei na sala estava bem disposto e a beber o leite que levei, quando a educadora me diz:
Mãe, o Rodrigo não aceitou o biberôn temos de lhe dar o leite por uma colher.
Disseram-me que dormiu mais na espreguiçadeira que na caminha que esteve bem e risonho.
Quando chegou a casa mamou, passado um bocado quis a frutinha e depois de muda-da a fraldinha dormiu uma bela de uma sesta no sossego da nossa casinha.

Isto está difícil e cada vez tenho mais dúvidas em relação ao infantário cada vez me pergunto mais se terei a tomar a opção correcta????

E agora?????

Não sei o que fazer o Rodrigo não está a aceitar o biberôn.
Hoje quando cheguei ao infantário para o ir buscar estava a educadora a dar-lhe o meu leitinho á acolher porque ele não aceitou o biberôn.
Eu já tinha notado que ele não achava muita piada e não mamava quando eu lhe dava água mas pensei que era por isso mesmo por ser água, mas não, parece que o caso é bem mais grave.
E agora o que é que eu faço??????'

12/06/2008

O Infantário.



Foi ontem que começou o teu/nosso período de adaptação ao infantário.
Há já vários dias que me tentava preparar para aquele momento porque sabia que se estivesse calma e tranquila também te iria transmitir isso a ti masos meu esforços foram em vão, não há nada que nos prepare para a 1º separação, não há nada que nos prepare para entregar a mão de estranhos o nosso bem bem mais precioso, aquele por quem damos a vida necessário for.

Não posso dizer que correu mal mas tambem não foi um mar de rosas, tu ao meu colo rias para toda a gente mas quando te pegavam a história era outra, ficavas muito aflito, á minha procura e quando me vias desatavas a chorar ( mesmo ao género de: mamã tira-me daqui).
Fiquei contigo 1 hora depois pediram-me para sair, e te deixar lá por um bocadinho para ver a tua reacção.
Foram os 40 minutos mais longos da minha vida, saí de lá em prantos.Quando cheguei a casa (o infantário é perto da nossa casa) tudo estava silencioso, demasiado silencioso e a casa demasiado vazia sem ti.

Voltei lá com o papá e pediram-nos para aguardar, dizendo que já te vinham levar porque aquela hora é a hora do almoço e há sempre muita confusão na sala, trouxeram-te passado 5 minutos, vinha a chorar (senti-me tão culpada).
Segundo a auxiliar estives-te bem disposto durante um bocado, fartas-te de sorrir mas que depois de te mudarem a fraldinha começas-te a choramingar e como havia muita confusão e barulho na sala também te assustas-te.
O certo é que assim que vies-te para o meu colo acabou-se o choro.

Hoje voltamos ao infantário, quando saí depois de ter prometido que era só um bocadinho, que já voltava para te ir buscar,e depois de ter deixado a sorrir e bem disposto, saí eu de lá mais uma vez a chorar.
Almoças-te lá, segundo a tua educadora, comes-te muitíssimo bem e estives-te quase sempre sem chorar.
Quando cheguei a tua sala, lá estavas tu no parque a brincar e todo sorridente e mais uma vez me brindas-te com esse sorriso que me aquece a alma.

Mas a culpa não passa, sinto-me tão, mas tão culpada por te estar a fazer isto, por te estar a deixar, bolas....raio de vida.
Tenho o coração tamanho de uma ervilha, apertadinho até mais não e só me apetece chorar alias eu não tenho feito outra coisa nestes 2 dias, nem quero imaginar como vai ser segunda-feira, quando realmente te tiver de lá deixar a sério.....hoje, sinto-me a pior pessoa e a pior mãe do mundo.Bolas para mim.
Desculpa filho.

Dentinhos.

Há já varias semanas que não paravas de colocar as mãozinhas na boca,alias tudo o que estava ao teu alcance lá ia parar, notava-se que andavas aflito, mas como mãe de primeira viagem que sou, acreditava que era só a fase oral que tanto nos falou a tua pediatra.
A surpresa aconteceu a 29/05/08 quando de manhã me lembrei de passar o dedo nas tuas gengivas r lá estava meio que envergonhado um dentinho risonho, mas como esse se sentia muito sozinho, 3 dias depois descobrimos uma amiguinho.
E assim nessa boquinha linda que me dá uns sorrisos que me enchem a alma e o coração, luzem agora 2 lindos dentinhos.
E como quem descobre o 1º dentinho têm de oferecer uma prenda ao bebé para dar sorte, aqui está a tua.

09/06/2008

5 Meses.

Hoje fazes 5 meses, já tens uma mão cheia deles....e ainda me parece que foi ontem que nasceste, tão pequenino tão indefeso.
Neste 5 meses conseguiste transformar-me numa pessoa diferente, muito diferente daquilo que eu era antes de nasceres, acho que me tens transformado numa pessoa melhor e muito mais paciente.
Estes 5 meses marcam também o fim da licença de parto e com ele a volta ao trabalho e a tua ida para o infantário e isso sim deixa-me triste e muito, muito preocupada.
Acredita há alturas que só me apetece atirar tudo para o ar, despedir-me e ficar contigo, não acho justo ter-te de te deixar-te agora, deixar-te ao cuidado de outras pessoas que eu não conheço.....e sei que também tu vais sofrer com isso.
Custa-me pensar que vais chorar e eu não vou estar lá para te consolar, que vais sorrir e eu não vou ver, que vais fazer novas descobertas e que eu não serei a primeira pessoa a assistir a elas.Vou perder tanto de ti e é isso que me dói.
Eu sei que para os outros parece que estou a fazer disto um drama, sei porque antes de ser mãe também eu pensava assim, só agora dou valor ao sofrimento porque tantas amigas minhas passaram.
Sabes filho, eu amo-te mais do que alguma vez pensei ser possível amar alguém, é um amor tão grande que me doi aqui dentro do peito e me espanta pela maneira como continua a crescer dia após dia.
Parabéns filho, estás a crescer e já és dono se uma mão cheia de meses, e e só peço a Deus que se multipliquem por muitos e muitos anos e que sejas sempre tão feliz como eu sei que tu és agora.

Dia de vacinas.

Hoje é dia das vacinas dos 5 meses ( meu Deus, 5 meses e ainda me parece que foi ontem que te tive nos braços pela 1ª vez, o tempo não anda, foge).
Não me apetece nada, detesto ver-te chorar, só me apetece tirar-te daquela marquesa e sair porta fora contigo, salvar-te dessa dor que eu queria que fosse apenas minha. Sim eu posso sofrer mas tu não, a ti só te quero ver sorrir, mas têm de ser, eu sei que é para teu bem, e que é o melhor para ti, mas custa-me tanto.......

08/06/2008

O parto ( descrição muito longa)



A gravidez decorreu sem problemas de maior além de 1 semana em casa por causa de uma ameaça de parto prematuro ás 16 semanas que em muito se deveu ao meu ritmo acelarado e a mania que tenho de conseguir fazer tudo perfeito e sozinha.
Adorei estár grávida e por incrivel que pareça nunca reclamei de nada (para grande espanto do papá e do pessoal em geral) andei sempre óptima, adorei a minha enorme barriga.
Não que eu seja melhor que ninguém mas realmente adorei estar grávida

O parto foi uma coisa que nunca, mas mesmo nunca me assustou, eu ansiava por ele porque sabia que ele era a única opção para te ter junto de mim,a única coisa que eu sentia era ansiedade e um desejo enorme de ver.
A única coisa que me assustava era o facto de pensar que nele te poderia acontecer alguma coisa de mal.

E finalmente chegou o mês de Janeiro, o mês da tua chegada que estava prevista para dia 12, eu sempre apostei no dia 7 e o médico disse que caso não houvesse qualquer sinal da tua chegada o parto seria induzido no dia 10, no entanto ninguém acertou porque tu quiseste vir a o mundo no dia 9/01/2008.

Acordei como sempre por volta das 9 horas com umas dorezinhasnas costas que eu pensei se deverem a limpeza geral que tinha dado a casa no dia anterior.
Tinha ido a casa de banho e reparei na saída de mais rolhão mucoso ( o que já havia acontecido á 2 dias atrâs) e achei estranho estar na cozinha e sentir uma certa humidade ( que eu pensei na altura ter sido uma pequena perda de urina, nunca tinha tido mas como estava no fim do tempo e tanta gente me tinha falado nisso, eu julguei ser essa a causa).
Fiz o almoço para o papá, arrumei a cozinha e começei a passar a ferro, entretanto fui casa de banho e quando vinha a sir voltei a sentir outra pequena perda, lavei-me e fui ao quarto buscar umas cuecas e é quando me baixo que volto a sentir um liquido a sair e nesse instante tive a certeza que as pequenas perdas que anda a sentir desde manhã era o rompimento da bolsa de águas e não perda de urina.
Foi então que comecei a associar tudo, as dores nas costas (que eu não tinha ligado devido ao problema na coluna)que entretanto se tinham entensificado e a bolsa de águas rota.
Liguei para a avó a contar o que se estava a passar, não queria assustar o papá, mas fiquei com a pulga atrãs da orelha e atenta as dores.
Continuiei a passar a ferro e como as contrações se começaram a regularizar e manterem-se liguei ao papá e pedi-lhe para ele não se asusentar para longe mas que podia continuar afazer o trabalho dele porque a coisa ainda devia demorar, no enatanto 10minutos depois ele estava em casa e começou logo a depachar-se, eu por meu lado estava bem descansada mas quando me levantei do sofá e cheiguei ao corredor comecei a sentir um liquido quante a escorrer-me pelas pernas, e foi impossivel continuar a esconder-lhe o rompimento da bolsa.
Tomei um belo de um banho, fiz a depilação(com a tua avó paterna sempre a azucrinar-me o juizo, com medo que acontece-se alguma coisa e tu nasceres em casa ou a caminho do hospital) e lá fomos nós a caminho do hospital de Faro.
As contraçãos mantiveram-se sempre e quando chegamos ao hospital estavam de 7 em 7 minutos.
Entrei nas urgências de obstetricia, fui examinada e fizeram-me o belo do toque que quase me fez subir paredes, estava com 3 cm de dilatação, disseram-me que iria ficar internada.
Entretanto fomos para o CTG e daí para o internamento onde uma enfermeira bastante simpática me fez novo toque e me ligou ao belo do soro, o papá esteve sempre connosco e foi uma grande ajuda fazendo masagens nas costas quando as contrações vinham e apoiando durante todo o tempo.
Entretanto pelas 20horas fomos para a sala de partos, onde tuo foi preparado para o teu nascimento e onde as enfermeiras se espantavam pelo facto de eu não gritar (nunca compreendi esta parte, mas porque raio é que elas achavam tão anormal eu não gritar) e me perguntavam se era o 1º parto porque achavam estranho eu estár tão calma e fazer a respiração ( e eu só pensava que se não a fizesse tu puderias não ter ar, porque era o que me tinham dito nas aulas de preparação para o parto).
Perguntaram-me se queria epidural ao que eu respondi afirmativamente mas a mesma demoráva e as contrações entenseficavam-se cada vez mais e seguidas quase não me dando tempo para respirar, quando finalmente chegou e me fizeram novo toque o anastesista dizia que quase não valia a pena porque eu já tinha 7 cm de dilatação mas que a fazia e me dava qualquer coisinha para aleviar um pouquinho a dor( quase tive vontade de o beijar o fulano).
Entretanto deixaram o pai entrar na sala o que realmete também me acalmou mais.
Novamente entra na sala a enfermeira simpática para fazer o toque e diz que já tenho 9cm de dilatação que vai só fazer um parto e que a seguir vêem fazer o meu e saiu.Olhei para o pai e só sabia sorrir por pensar que faltava tão pouco para te conhecer.
Entretanto entra uma outra enfermeira no quarto mal a outra saíu e diz que v~eem fazer um toque ao que eu informei que a colega tinha acabado de fazer e que eu estva com 9 cm de dilatação e que vinha já fazer o parto, ams ela diz-me que ela vai já despachar a coisa e começa a fazer o toque e foi aqui que tudo se complicou.
Ela começa a fzer o toque esaí a correr a gritar pelo médico, o médico vêem e ela diz que o bebé está mal posicionado, o médico faz o toque (que mesmo com anestesia me fez vir as lágrimas ao olhos) e começa a mandar-me fazer força e com a mão tenta mudar-te de posição, a enfermeira começa a avisar que algo de mal se está a passar com o CTG e o médico diz que vai aguardar mas manda-me entretanto ir fazendo força.
O pai que até aqui esteve sempre bem saí por fora porque se começou a sentir mal e euaflita só perguntava o que se estava a passar(pergunta que ninguém me respondeu).
O pai entretanto volta e eu só lhe pedia para pergutar ao médico o que se passava, entretanto as 2 enfermeiras que estavam vigiar a situação ( uma delas era a simpática) chamam o médico com urgência e dizem que ele têm de tomar uma decisão e para ter em atenção que era uma grávida de 1º viagem que se tinha portado sempre muito bem e que o bébe não ia aguentar muito mais tempo, nisto uma das maquinetas começa a pitar e o médico manda efectuar uma cesariana de urgência porque bebé estava em sofrimento, e mandam o pai sair da sala.
Entrei na sala de operações a chorar e chorei durante toda a cesariana ao ponto de anestesista me pedir para me acalmar porque senão tinha de me fazer uma anestesia geral.
Tudo me parecia um filme horrivel e eu só pensava que não te podia perder, eu chorava por isso e chorava por pena do pai não estar a ssistir ao teu nascimento e por pena de não ser um parto normal como eu tanto tinha sonhado.
Quem fez cesariana sabe que os médicos agem como se nós não estivessemos a ouvir, e durante a minha eu ouvi o médico dizer para a colega que o bebé estava todo torcido que era impossivel ter nascido naturalmente e que mesmo assim ele não sabia como é que ia tirar dali. é horrivel falam de nós, do nosso filho como se não estivessemos a ouvir mas penso que para eles é normal, é o pão nosso de cada dia.
Mas o que interessa é que as 22.14h do dia 9/01/2008 nascias tu para o mundo e tornavas-me mãe, e o mais importante estavas bem.
Não te vi logo e perguntei milhentas vezes a anestesista se estavas ao que ela me repondeu que sim e que só não estavas ali porque a sala era muito fria mas prometeu-me que assim que estivesses vestido ela te trazia e cumpriu a promessa.
Eras tão bonito, nunca me vou esquecer da imagem eu deitada toda amarrada e tu nos braços dela todo vestido e com o gorro branquinho com 2 passarinhos azuis bordados que só me deixava ver-te os olhinhos, deite um beijinho e levaram-te logo.
Ainda estive bastante tempo sem ti porque fiz uma arritmia cardiaca mas quando a coisa estabilizou trouxeram-te e colocaram-te para mamar.
E nunca me vou esquecer da cara do pai quando entrou na sala do recobro, aflito e feliz sem saber se te dava atenção a ti ou se vinha para o pé de mim.
Eu panhei um grande susto mas o do pai não foi menor porque ter estado quase 3 horas sem noticias e sozinho naquele hospital não deve ser fácil.
Apesar de tudo não considero que tenha sido um mau parto,as decisões foram tomadas no momento certo e todo o pessoal do hospital foi bastante atencioso.
As nossas primeiras visitas foram a avó Deolinda o avô Zé e o tio Pedro ( a minha mãe, pai e irmão) que assim que souberam o que se estava a passar rumaram a Faro, e ninguem teve coragem de os impedir de nos ver mesmo aquela hora da noite.
Foi o dia mais importante e mais emocionante da minha vida, o dia em que o meu coração deixou de me pertencer, porque ele vive fora de mim, em ti e contigo.Amo-te filho.

A decisão.


Foi tomada em 2005, depois de 15 dias de férias em Moçambique em que eu e o papá estivemos afastados ( acho que nos fez bem este afastamento, deu para ver o quanto sentiamos a falta um do outro e o quanto nos amamos).
Eu que até aí cortava sempre a conversa quando o assunto era "Filhos", resolvi que realmente estava na hora da tua vinda, falei com o papá e a decisão foi consciente mente tomada.
Fizemos todos os exames da praxe e tivemos carta branca para avançar, mas 6 meses de tentativas depois ainda não tinhamos alcançado o tão desejado positivo, nova consulta e após uma ecografias aos ovários fiquei a saber que sofria de ovários micro poliquisticos e que o sonho se iria tornar mais dificil de alcançar.
No entanto e após vários meses de tratamento falhados descobri no no dia 16/05/2007 que um amor maior crescia dentro de mim.
A surpresa e alegria foram tantas que me fizeram correr em pijama as 6.30h da manhã para dar a novidade ao papá que ia trabalhar e repetir o teste 3 vezes, no entanto só acreditei realmete quando vi o teu coração a piscar no ecrâ do ecógrafo.
Os milagres acontecem, e o meu aconteceu quando eu menos esperava, quando as forças para lutar e seguir em frente começavam a desaparecer, e no mês que o médico dizia não haver qualquer possibilidade de sucesso.

Porquê criar um blog

Resolvi criar um blog para registar as tuas fases, as tuas descobertas , as tuas conquistas e também para anotar os meus pensamentos e aqueles momentos tão nossos e que eu temo perder com o passar do tempo, por isso filho apartir de hoje vou começar a registar aqui a nossa vidinha.