08/06/2008

O parto ( descrição muito longa)



A gravidez decorreu sem problemas de maior além de 1 semana em casa por causa de uma ameaça de parto prematuro ás 16 semanas que em muito se deveu ao meu ritmo acelarado e a mania que tenho de conseguir fazer tudo perfeito e sozinha.
Adorei estár grávida e por incrivel que pareça nunca reclamei de nada (para grande espanto do papá e do pessoal em geral) andei sempre óptima, adorei a minha enorme barriga.
Não que eu seja melhor que ninguém mas realmente adorei estar grávida

O parto foi uma coisa que nunca, mas mesmo nunca me assustou, eu ansiava por ele porque sabia que ele era a única opção para te ter junto de mim,a única coisa que eu sentia era ansiedade e um desejo enorme de ver.
A única coisa que me assustava era o facto de pensar que nele te poderia acontecer alguma coisa de mal.

E finalmente chegou o mês de Janeiro, o mês da tua chegada que estava prevista para dia 12, eu sempre apostei no dia 7 e o médico disse que caso não houvesse qualquer sinal da tua chegada o parto seria induzido no dia 10, no entanto ninguém acertou porque tu quiseste vir a o mundo no dia 9/01/2008.

Acordei como sempre por volta das 9 horas com umas dorezinhasnas costas que eu pensei se deverem a limpeza geral que tinha dado a casa no dia anterior.
Tinha ido a casa de banho e reparei na saída de mais rolhão mucoso ( o que já havia acontecido á 2 dias atrâs) e achei estranho estar na cozinha e sentir uma certa humidade ( que eu pensei na altura ter sido uma pequena perda de urina, nunca tinha tido mas como estava no fim do tempo e tanta gente me tinha falado nisso, eu julguei ser essa a causa).
Fiz o almoço para o papá, arrumei a cozinha e começei a passar a ferro, entretanto fui casa de banho e quando vinha a sir voltei a sentir outra pequena perda, lavei-me e fui ao quarto buscar umas cuecas e é quando me baixo que volto a sentir um liquido a sair e nesse instante tive a certeza que as pequenas perdas que anda a sentir desde manhã era o rompimento da bolsa de águas e não perda de urina.
Foi então que comecei a associar tudo, as dores nas costas (que eu não tinha ligado devido ao problema na coluna)que entretanto se tinham entensificado e a bolsa de águas rota.
Liguei para a avó a contar o que se estava a passar, não queria assustar o papá, mas fiquei com a pulga atrãs da orelha e atenta as dores.
Continuiei a passar a ferro e como as contrações se começaram a regularizar e manterem-se liguei ao papá e pedi-lhe para ele não se asusentar para longe mas que podia continuar afazer o trabalho dele porque a coisa ainda devia demorar, no enatanto 10minutos depois ele estava em casa e começou logo a depachar-se, eu por meu lado estava bem descansada mas quando me levantei do sofá e cheiguei ao corredor comecei a sentir um liquido quante a escorrer-me pelas pernas, e foi impossivel continuar a esconder-lhe o rompimento da bolsa.
Tomei um belo de um banho, fiz a depilação(com a tua avó paterna sempre a azucrinar-me o juizo, com medo que acontece-se alguma coisa e tu nasceres em casa ou a caminho do hospital) e lá fomos nós a caminho do hospital de Faro.
As contraçãos mantiveram-se sempre e quando chegamos ao hospital estavam de 7 em 7 minutos.
Entrei nas urgências de obstetricia, fui examinada e fizeram-me o belo do toque que quase me fez subir paredes, estava com 3 cm de dilatação, disseram-me que iria ficar internada.
Entretanto fomos para o CTG e daí para o internamento onde uma enfermeira bastante simpática me fez novo toque e me ligou ao belo do soro, o papá esteve sempre connosco e foi uma grande ajuda fazendo masagens nas costas quando as contrações vinham e apoiando durante todo o tempo.
Entretanto pelas 20horas fomos para a sala de partos, onde tuo foi preparado para o teu nascimento e onde as enfermeiras se espantavam pelo facto de eu não gritar (nunca compreendi esta parte, mas porque raio é que elas achavam tão anormal eu não gritar) e me perguntavam se era o 1º parto porque achavam estranho eu estár tão calma e fazer a respiração ( e eu só pensava que se não a fizesse tu puderias não ter ar, porque era o que me tinham dito nas aulas de preparação para o parto).
Perguntaram-me se queria epidural ao que eu respondi afirmativamente mas a mesma demoráva e as contrações entenseficavam-se cada vez mais e seguidas quase não me dando tempo para respirar, quando finalmente chegou e me fizeram novo toque o anastesista dizia que quase não valia a pena porque eu já tinha 7 cm de dilatação mas que a fazia e me dava qualquer coisinha para aleviar um pouquinho a dor( quase tive vontade de o beijar o fulano).
Entretanto deixaram o pai entrar na sala o que realmete também me acalmou mais.
Novamente entra na sala a enfermeira simpática para fazer o toque e diz que já tenho 9cm de dilatação que vai só fazer um parto e que a seguir vêem fazer o meu e saiu.Olhei para o pai e só sabia sorrir por pensar que faltava tão pouco para te conhecer.
Entretanto entra uma outra enfermeira no quarto mal a outra saíu e diz que v~eem fazer um toque ao que eu informei que a colega tinha acabado de fazer e que eu estva com 9 cm de dilatação e que vinha já fazer o parto, ams ela diz-me que ela vai já despachar a coisa e começa a fazer o toque e foi aqui que tudo se complicou.
Ela começa a fzer o toque esaí a correr a gritar pelo médico, o médico vêem e ela diz que o bebé está mal posicionado, o médico faz o toque (que mesmo com anestesia me fez vir as lágrimas ao olhos) e começa a mandar-me fazer força e com a mão tenta mudar-te de posição, a enfermeira começa a avisar que algo de mal se está a passar com o CTG e o médico diz que vai aguardar mas manda-me entretanto ir fazendo força.
O pai que até aqui esteve sempre bem saí por fora porque se começou a sentir mal e euaflita só perguntava o que se estava a passar(pergunta que ninguém me respondeu).
O pai entretanto volta e eu só lhe pedia para pergutar ao médico o que se passava, entretanto as 2 enfermeiras que estavam vigiar a situação ( uma delas era a simpática) chamam o médico com urgência e dizem que ele têm de tomar uma decisão e para ter em atenção que era uma grávida de 1º viagem que se tinha portado sempre muito bem e que o bébe não ia aguentar muito mais tempo, nisto uma das maquinetas começa a pitar e o médico manda efectuar uma cesariana de urgência porque bebé estava em sofrimento, e mandam o pai sair da sala.
Entrei na sala de operações a chorar e chorei durante toda a cesariana ao ponto de anestesista me pedir para me acalmar porque senão tinha de me fazer uma anestesia geral.
Tudo me parecia um filme horrivel e eu só pensava que não te podia perder, eu chorava por isso e chorava por pena do pai não estar a ssistir ao teu nascimento e por pena de não ser um parto normal como eu tanto tinha sonhado.
Quem fez cesariana sabe que os médicos agem como se nós não estivessemos a ouvir, e durante a minha eu ouvi o médico dizer para a colega que o bebé estava todo torcido que era impossivel ter nascido naturalmente e que mesmo assim ele não sabia como é que ia tirar dali. é horrivel falam de nós, do nosso filho como se não estivessemos a ouvir mas penso que para eles é normal, é o pão nosso de cada dia.
Mas o que interessa é que as 22.14h do dia 9/01/2008 nascias tu para o mundo e tornavas-me mãe, e o mais importante estavas bem.
Não te vi logo e perguntei milhentas vezes a anestesista se estavas ao que ela me repondeu que sim e que só não estavas ali porque a sala era muito fria mas prometeu-me que assim que estivesses vestido ela te trazia e cumpriu a promessa.
Eras tão bonito, nunca me vou esquecer da imagem eu deitada toda amarrada e tu nos braços dela todo vestido e com o gorro branquinho com 2 passarinhos azuis bordados que só me deixava ver-te os olhinhos, deite um beijinho e levaram-te logo.
Ainda estive bastante tempo sem ti porque fiz uma arritmia cardiaca mas quando a coisa estabilizou trouxeram-te e colocaram-te para mamar.
E nunca me vou esquecer da cara do pai quando entrou na sala do recobro, aflito e feliz sem saber se te dava atenção a ti ou se vinha para o pé de mim.
Eu panhei um grande susto mas o do pai não foi menor porque ter estado quase 3 horas sem noticias e sozinho naquele hospital não deve ser fácil.
Apesar de tudo não considero que tenha sido um mau parto,as decisões foram tomadas no momento certo e todo o pessoal do hospital foi bastante atencioso.
As nossas primeiras visitas foram a avó Deolinda o avô Zé e o tio Pedro ( a minha mãe, pai e irmão) que assim que souberam o que se estava a passar rumaram a Faro, e ninguem teve coragem de os impedir de nos ver mesmo aquela hora da noite.
Foi o dia mais importante e mais emocionante da minha vida, o dia em que o meu coração deixou de me pertencer, porque ele vive fora de mim, em ti e contigo.Amo-te filho.

1 comentário:

© | TéTé £ XαVιєR | disse...

Oh Vera não sabia que tinha sido tão complicado os momentos que antecederam o parto do Rodrigo... e entendo-te perfeitamente quando dizes que ficaste triste por não ter sido o parto que esperavas mas assim como eu que foi também cesariana o importante é que o Rodrigo nasceu bem e por eles passamos por qualquer coisa não é?
Felizmente correu tudo bem e agora esse ser maravilhoso irá dar-te MUITAS alegrias ;o)
Beijos
Tété & Xavier